BROMELIACEAE

Canistropsis microps (E.Morren ex Mez) Leme

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Canistropsis microps (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

387.021,907 Km2

AOO:

284,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Endêmica do Brasil, sendo sua distribuição restrita aos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Martinelli et al., 2008; Leme, 1998). Possui registros desde a região centro-sul do Estado do Rio de Janeiro até o litoral norte do Estado de São Paulo, até o município de Ubatuba (Moura 2002). A ocorrência em Santa Catarina, indicada por um único espécime (Reitz 6039) parece retratar um mero equívoco quanto aos dados de coleta, pois o táxon nunca mais foi reencontrado no Estado, apesar da intensa atividade de coleta botânica ali realizada nos últimos quarenta anos, inclusive pelo próprio Raulino Reitz (Leme, 1998).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Canistropsis microps</i> é endêmica do Brasil mas possui distribuição ampla (EOO=331.546,28 km²). Além disso, a espécie está relativamente bem protegida em várias unidades públicas de conservação, como a Reserva Biológica de Poços das Antas, Parque Nacional da Tijuca, Reserva Biológica da Praia do Sul e Parque Nacional da Serra da Bocaina. Por estas razões foi classificada como "Menos preocupante" (LC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Canistropsis microps é uma das mais características espécies do gênero, não oferecendo maiores dificuldades quanto à sua identificação (Leme 1998).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Apresenta padrão de distribuição local agregado, formando grandes adensamentos. Em estudo realizado com Canistropsis microps na Ilha Grande, RJ, suas subpopulações foram consideradas muito abundantes localmente, com uma densidade de rosetas por hectare estimada em 84,425. (Nunes-Freitas ; Rocha 2007). A espécie possui subpopulações em 12 municípios do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Petrópolis, Nova Friburgo, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Magé, Nova Iguaçu, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Mangaratiba, Angra dos Reis, Paraty) e uma no Estado de São Paulo, em Ubatuba (Moura 2002).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: A espécie ocorre na Mata Atlântica, em áreas de Restingas e Florestas Ombrófilas Densas ao longo da costa dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Martinelli, 2008; Stehmann et al., 2009). A espécie é tolerante a sombra, ocupando os substratos úmidos inferiores das formações vegetacionais em que ocorre, de habito preferencialmente epifítico (Nunes-Freitas; Rocha 2007).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national very high
A espécie sofre com impactos indiretos que ameaçam a integridade do bioma Mata Atlântica, em especial perda de habitat.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
4.4.3 Management on going
A espécie está relativamente bem protegida em várias unidades públicas de conservação (SNUC), como a Reserva Biológica de Poços das Antas, Parque Nacional da Tijuca, Reserva Biológica da Praia do Sul e Parque Nacional da Serra da Bocaina (Leme, 1998).